"Não podemos deixar de ter uma banda norte americana por conta da pegada carbónica - temos de ser realistas"

"Não podemos deixar de ter uma banda norte americana por conta da pegada carbónica - temos de ser realistas"

 

O Rock In Rio é um dos maiores festivais de música do mundo, com edição anual em Lisboa e no Rio de Janeiro. Tiveram desde sempre preocupações ambientais e sociais; por isso, neste final de ano, falámos com Dora Palma, Sustainability Manager do Rock In Rio, para discutir como levar o público a ter ações mais sustentáveis e qual o papel dos eventos de entretenimento na área do ambiente.

 

O Rock in Rio quer ajudar a transformar o planeta, não só através da música e do entretenimento, mas também através de causas sociais, ambientais e culturais. Estas preocupações por um mundo mais sustentável surgem quando e porquê?

O projeto "Por Um Mundo Melhor" inicia-se em 2001, faz agora 20 anos, e nós estamos a celebrar com algumas iniciativas, como por exemplo o lançamento de novas metas para 2030.

Na realidade, este olhar de responsabilidade que nós gostamos muito de assumir, mais do que sustentabilidade, é um olhar de fazer bem e fazer de forma correta. E com o foco na pessoa. Obviamente que nós temos muitas medidas que são mais ambientais, mas nós sabemos que qualquer ação que façamos tem um impacto nos três pilares, no social, ambiental e económico.

Por exemplo, plantar árvores: tem um impacto que parece aparentemente maior para o ambiente, mas acaba por ter depois outros impactos. Quem vai plantar as árvores? Estás a dar emprego A quem é que tu compras as árvores?

Então, este olhar de responsabilidade já vem desde a primeira edição, desde 1985, porque o Rock In Rio quando nasce no fim de uma ditadura militar. Era quase como o nosso 25 de Abril; aconteceu e ali nos meses a seguir, houve um certo desnorte. E agora, o que é que vai acontecer em Portugal?

No Brasil aconteceu a mesma coisa. E o Roberto [Medina] estava muito insatisfeito na altura porque não viu as mudanças a acontecerem, não aconteceu nada. E ele já estava a pensar sair do país, mas, entretanto, pensou num evento que mostrasse ao Rio de Janeiro, e ao Brasil, que eram capazes de receber grandes eventos. Porque era um local muito associado à criminalidade e, na altura, não havia bandas a querer ir atuar ao Rio de Janeiro – por questões de segurança, por falta de meios técnicos...

O Rock In Rio acabou por ser uma ação que ele decidiu implementar para trazer autoestima, para que as pessoas se levantassem e fizessem qualquer coisa. Uma coisa que corre muito nas veias da família Medina, e que já vem do avô, é que se a Comunidade não estiver bem, o meu negócio não está bem. Para eu estar bem, a Marta tem de estar bem. E a noção de que realmente nós estamos todos ligados e que tudo o que nós fazemos impacta o outro já vem de há muito tempo. Começou logo na primeira edição, porque o evento já nasce com um bocadinho de responsabilidade social, de dar à Comunidade, mas só ganha forma mesmo em 2001.

A terceira edição do Rock In Rio só acontece em 2001 porque efetivamente tinha o projeto “Por um mundo melhor” associado e na altura ele nasce com um olhar social de ajudar jovens a sair da criminalidade, investindo na educação desses jovens, e depois por aí foi o caminho.

Em 2006, já com o Rock In Rio em Portugal, compensámos a pegada carbónica, porque era quando o Al Gore andava a falar sobre a as alterações climáticas, e o Mundial da Alemanha falava sobre ir compensar a pegada carbónica pela primeira vez, e a Roberta [Medina] foi saber o que é que era isso da pegada carbónica. E então acabamos por ser nós o primeiro grande evento, antes do Mundial, porque eles aconteciam em Junho e nós em Maio. [risos]

Nós sabemos que um evento nunca na vida se vai poder dizer sustentável quando nós estamos a mobilizar, por exemplo, no Brasil, 700 000 pessoas num espaço de 7 dias.

Em Portugal também são quase 300 000 pessoas para um espaço, em 4 dias, que não está habituado a ter esse impacto. Mas o que nós fazemos é ter noção do que impactamos, quer positiva, quer negativamente, reduzir ao máximo tudo aquilo que é negativo e minimizar e neutralizar, mas também potenciar aquilo que é impacto positivo.

Eu lembro-me de há uns tempos uma jornalista ter perguntado à Roberta “Então, mas não era melhor não realizar o Rock In Rio, por causa do impacto?”. Certo, então vamos todos deitar-nos na cama e não acordar mais, porque qualquer atividade humana tem impacto.

E há um impacto positivo muito grande dos eventos ao nível do turismo, já para não falar no bem-estar que traz para as pessoas, no momento de convívio e bem-estar que representa.

Estamos a falar de trazer dinheiro para o país, estamos a falar de pagar impostos que vão pagar hospitais, vão pagar escolas, portanto, há todo um impacto do evento que não é só entretenimento.

Então, eu acho que esse olhar de responsabilidade vem desde o primeiro dia e muito influenciado pela visão da família Medina. As pessoas identificam-se muito com a mensagem, porque ela não é uma mensagem cinzenta, não é uma coisa que alguém nos tenha obrigado a fazer, não foi uma consultora que chegou aqui e disse “vocês têm de fazer isto”. É uma crença. Nós também trabalhamos num meio muito informal, onde se mexe muito com emoções, com sentimentos. Enquanto equipa, também nos emocionamos bastante ao proporcionar estes momentos às pessoas que vão ao Rock In Rio. Não somos um banco, ou seja, nós permitimos que as emoções e os sentimentos existam no dia a dia. É muito mais fácil passar este tipo de mensagem porque é uma mensagem de proximidade e de empatia e de estar atento ao que acontece à nossa volta.

 

No ano em que comemora 20 anos do projeto “Por Um Mundo Melhor”, o Rock in Rio está ainda mais empenhado nesta sua missão. No que consiste este projeto e como tem evoluído ao longo destes 20 anos?

O nosso caminho começa em 2001 com a preocupação do Roberto com a criminalidade entre os jovens no Rio de Janeiro. Então nós associamos a ONG Viva Rio, que trabalhava já com jovens das comunidades carenciadas, e construímos salas de estudo, salas de aula, equipamos salas com computadores, tudo para potenciar que eles terminassem a educação. Depois quando vamos para Portugal em 2006, então começámos a olhar para as questões ambientais e compensámos pela primeira vez a pegada carbónica. Para compensarmos a pegada carbónica, nós precisamos de perceber exatamente o nosso impacto. Ou seja, tivemos de ir medir todos os focos de emissão; isso permitiu-nos ver onde é que nós estávamos a emitir mais, e desenhar medidas para reduzir essa emissão, ou seja, nasce o primeiro plano de redução de emissões em 2008. Em 2009 esse plano de redução de emissões deixou de ser um plano ambiental para ser um plano de sustentabilidade, porque começámos a incluir critérios sociais, inclusão, diversidade de contratação de fornecedores locais, etc.

Mas não quer dizer que essas coisas não acontecessem já dentro do Rock In Rio. Eu sou engenheira do ambiente, e pensei “vou ensinar muita coisa esta gente”. Não aconteceu nada disso.  Eles já faziam muita coisa sustentável, mas não identificavam essas ações como tal. Eles faziam porque achavam que estava correto. Empregavam pessoas da comunidade local carenciada, ofereciam bilhetes para essas pessoas virem também desfrutar do evento, para fazerem parte, para dar acesso à cultura. Nós sabemos que o nosso bilhete não é acessível a todos, então fazemos questão de incluir o mais possível e dar a oportunidade para que as pessoas possam beneficiar.

Aquilo que eu fiz foi exatamente identificar e pôr dentro do chapéu da sustentabilidade, e depois criar o tal plano de sustentabilidade, com algumas coisas que nós devíamos melhorar. Em 2013, nós tivemos pela primeira vez a certificação na norma ISO 20121, que é uma ISO dos eventos sustentáveis, que diz que o nosso sistema de gestão está direcionado para a sustentabilidade.

Nós acreditamos muito em ir dando baby steps. As nossas metas são até 2030, mas nós temos baby steps definidos para 2022, porque nós acreditamos que temos de fazer as coisas com consistência e com consciência também. Eu não vou prometer que vou reduzir 50% da pegada carbónica, porque sei que isso é impossível de fazer. E depois não quero dar um passo mais largo do que a perna. Eu quero dar os passos que eu sei que consigo dar, e a partir dali ir melhorando.

Por exemplo, posso dizer que nós temos vindo a trabalhar a questão dos geradores e a questão da energia. É uma coisa que nos preocupa bastante, porque nós ainda não conseguimos fugir aos geradores, pois não existem no mercado tecnologias limpas que permitam substituir a 100% essa utilização.

Nós já ligamos muita coisa à rede, quer no Brasil, quer em Portugal, e a rede já em si tem uma matriz energética que já permite, em alguns dias, ter uma taxa de energia limpa bastante elevada. Aqui em Portugal, no Verão, já temos alguns dias que são 100% energia renovável e, portanto, nós tentamos ligar o mais possível à rede para beneficiar dessa energia limpa.

Nós temos vindo a reduzir consecutivamente os geradores e este ano, em Portugal, vamos reduzir os geradores para metade, vamos passar de 18 para 9, e vamos inclusive fazer um teste com dois geradores de hidrogénio que vão abastecer a semana entre um evento e outro. Vão abastecer todo o consumo de energia na cidade do Rock. Mas lá está, não dá para ter os geradores de hidrogénio a funcionar num dia de evento, porque a energia de que nós precisamos, eles não conseguem fornecer.

 

A solução para os problemas ambientais, sabemos, não pode passar apenas por reciclar mas também por evitar o consumo. Em 2018, por exemplo, implementaram os Copos Reutilizáveis. Como é que se evitam os produtos de utilização única (copos, talheres, embalagens) no recinto do evento? Não apenas de plástico, mas também de outros materiais, como o papel. E como têm assegurado esta difícil tarefa de gestão de resíduos?

O segredo é fazer parcerias. Nós temos parcerias, quer no Rio de Janeiro, quer em Lisboa, com empresas que fazem gestão de resíduos.

Nós, em Lisboa, somos lixo zero; e isso não quer dizer que nós não produzimos resíduos, porque isso seria impossível. Nós não estamos é a enviar nada para aterro neste momento. Temos uma taxa de reciclagem média de 80%, entre Portugal e Brasil, mas em Portugal não estamos a enviar nada para aterro. Isto porquê? Porque nós temos uma parceria muito boa com a Sociedade Ponto Verde, com a Câmara de Lisboa e com a ValorSul, que permite uma grande ao nível da reciclagem e separação dos resíduos. Estas parcerias têm permitido realmente chegar a estes resultados, mas nós não estamos satisfeitos. Nós ainda queremos reduzir a quantidade de resíduos produzidos e queremos aumentar a taxa de reciclagem, porque nós ainda estamos a enviar resíduos para queima, ou seja, para valorização energética. É um cenário melhor do que aterro, mas ainda assim nós queremos aumentar a taxa de reciclagem.

E, portanto, o segredo é mesmo: as parcerias e as campanhas de sensibilização para o público. Mas é sempre muito difícil trabalhar a questão do público, porque em determinada altura já vem tudo um pouco misturado e então acaba por estar mais contaminado.

Mas aconteceu uma coisa muito curiosa em 2018, com a introdução do copo. Nós tivemos uma redução de produção de resíduo plástico na ordem das três, quatro toneladas. Mas, no total, tivemos uma redução de resíduo na ordem das dez toneladas. Eu não sei o que aconteceu. O público separou o melhor os resíduos, houve menos resíduos produzidos e eu não sei a que associar isto. Eu associo àquela noção de que o copo não ser descartável, e de repente, a pessoa só ficava com a garrafa de plástico na mão para deitar para o lixo. E é mais visível que aquilo é plástico, e vai para o amarelo. Não sei se foi isto, é uma possibilidade

Ou então, se calhar, o facto de nós também termos investido de uma forma visível nessa gestão. A gestão de resíduos não é muito visível para o público - eles sabem que os resíduos estão nos contentores, mas não sabem o que é que acontece depois, e há muito trabalho depois disso. Então, talvez o público tivesse ficado mais consciente, porque nós estamos a introduzir um copo, e então a pessoa sentia também tinha de fazer alguma coisa enquanto público.

Uma das coisas que queremos para 2022, para além de diminuir a quantidade de resíduos produzida, é também aumentar a economia circular dentro os nossos parceiros. Nós fazemos doação de materiais; no final do evento, nós doamos cerca de 70% daquilo que é relva sintética, alcatifa, madeiras, lona, etc.

 

Um festival de música tem como principal atração as bandas e os artistas convidados. Recebendo artistas de todo o mundo, como tentam colmatar a pegada carbónica provocada pelas deslocações dos artistas convidados?

Nós trabalhamos muito naquilo que está dentro da nossa operação, ou seja, tentamos reduzir ao máximo a pegada carbónica daquilo que nós controlamos. E é muito difícil. Entre deslocação de público, que é mais de 50% da nossa pegada carbónica, e de artistas, que é cerca de 15% da pegada carbónica, nós já temos aqui 60 ou 70% daquilo que nós emitimos.

Assim, nós temos uma área de atuação de cerca de 30%: temos a deslocação das equipas, dos nossos parceiros e da mercadoria. Temos aqui uma janela muito reduzida, no entanto, nós trabalhamos muito. A questão da mobilidade do público é uma coisa que nós trabalhamos muito com todos os parceiros de transportes coletivos de Portugal e também no Rio de Janeiro. Trabalhamos para promover a não utilização do carro, mas sim a utilização destes transportes coletivos, por questões de segurança, de bem-estar, porque a pessoa está cansada, porque a pessoa bebeu um pouco mais... mas também para reduzir a pegada carbónica da deslocação do público.

Nos artistas, é um pouco mais complicado, porque nós não podemos pedir a um Mick Jagger para vir de comboio dos Estados Unidos. É mais difícil de controlar e, obviamente, o Rock In Rio não vai deixar de contratar este tipo de artistas por causa da pegada carbónica, até porque não podemos ser mais papistas do que o Papa. Não podemos de repente deixar de ter uma banda norte-americana por conta da pegada carbónica. Temos que ser realistas. Vamos continuar, obviamente, a ter bandas internacionais. O que é que nós fazemos? Compensamos a pegada carbónica da deslocação da banda e do staff e também da sua mercadoria, para além, obviamente, dos consumos de energia e do espetáculo.

Basicamente, eles têm uma atuação carbono zero, desde que saem de casa e até lhes entregamos um certificado a dizer exatamente isso.

Também investimos num projeto de reflorestação da Amazónia, onde o Rock In Rio plantou 1000000 árvores e fizemos um estudo sobre o potencial de captação de carbono dessas árvores. Portanto, estamos a descontar, digamos assim, desse capital que temos da plantação das árvores para compensar a nossa pegada carbónica.

 

Como é que se chama a atenção do nosso público para a importância de ter atitudes mais sustentáveis? É fácil fazer o público aderir a medidas de reutilização e de reciclagem, por exemplo?

Nós optamos muito pela sensibilização e em mostrar ao público que a sua participação e as suas ações são importantes para o impacto do evento a. E em 2022 nós vamos tornar isso mais óbvio e evidente.

No dia a dia, aquilo que nós já fazíamos era mostrar as opções que o público tem dentro do evento: quer seja, por exemplo, nas campanhas de mobilidade que nós fazemos para que o público venha de transportes públicos e não no próprio carro, quer também com sinalética dentro da cidade do Rock, com demonstração de alguns resultados exatamente para que o público saiba que tenho que deve separar os resíduos. Tentamos sensibilizar o público para que tenha um comportamento mais responsável.

 

É fácil para um evento de grandes dimensões, como o Rock in Rio, implementar estas novas medidas e alterações sustentáveis? Sentem que existem incentivos por parte do Governo e dos governantes neste sentido?

Eu acho, e a organização também é dessa opinião, especialmente a Roberta, que é Vice-Presidente de sustentabilidade, que não devemos ficar à espera que os outros façam para nós fazermos. Ou ficar à espera de que o Governo faça alguma coisa para nos sentirmos incentivados. Nós sentimos muito que é uma responsabilidade de cada um ter esta atitude. Portanto, não ficar muito à espera do que aí vem de benefício. Falando no mercado dos eventos, e sendo que nem sequer existe uma legislação dedicada aos eventos na área ambiental, social ou sustentabilidade, este é um mercado muito informal e é um mercado muito volátil, especialmente porque não tem uma entrada de dinheiro fixa. Temos de entender o esforço que às vezes é para o mercado dos eventos entrar nesta conversa da sustentabilidade, exatamente porque nós não temos essa formalidade e não temos uma entrada regular de dinheiro.

É um esforço grande para um evento investir, seja no que for. Não é só na sustentabilidade, seja no que for. Internamente, acreditamos que a sustentabilidade é uma área que tem de existir e que deve ser transversal. Mas se fizerem uma pesquisa a nível mundial, não existem eventos no mercado com uma área de sustentabilidade. Talvez o Boom [Festival] seja o que está mais próximo, porque o Boom nasce muito com esse cariz. Mas eventos ditos mainstream, como é o nosso caso – o Rock In Rio é o único que tem uma área de sustentabilidade. Portanto, é um investimento nosso, porque achamos que é importante ter.

Relativamente ao governo seria simpático, e já tem havido alguns esforços nesse sentido com o Selo Verde, ao qual nós concorremos em 2018. Não sabemos se em 2022 vai haver ou não. É simpático que isso aconteça no sentido que, em Portugal, já existem muitos eventos que já implementam muitas boas práticas, mas que não são públicas.

Para concluir, é impulsionador de boas práticas haver um incentivo do Governo; se não for ao nível do financiamento, que seja ao nível, por exemplo, da redução de impostos, que já seria bem simpático porque permite ter verba livre para aplicar noutras áreas, e permite também apostar na inovação.

Uma das coisas que impede também um passo em frente do mercado dos eventos é a falta da tecnologia. E se houver um incentivo do Governo não diretamente nos eventos, mas nestas empresas que promovem tecnologia que vem beneficiar a sustentabilidade nos eventos, nós já conseguimos adquirir a tecnologia a um preço que seja razoável. Porque uma coisa era é ter no mercado uma tecnologia que já é mainstream, outra coisa é ter no mercado uma tecnologia que só 2 ou 3 usam. Vai ser caríssima e ninguém consegue lá chegar.

Portanto, eu acho que sim, é muito importante o incentivo do Governo, caso contrário nós não conseguimos; mas também acho que nós não devemos ficar à espera. Tem de haver uma iniciativa também de todos nós, porque é uma responsabilidade de todos.

 

A primeira coisa que lhe vem à cabeça quando pensa em...

- Rock in Rio? Paixão e emoção

- A maior paixão? As minhas filhas

- O maior receio?  Que a estupidez humana impere

- O que a move? O amor

- A sua inspiração?  A Roberta Medina. Vai parecer lambe-botas, mas é verdade. [risos] É uma grande inspiração para mim, porque é a segunda pessoa mais generosa que conheço; a primeira é a minha mãe.

- Um sentimento?  O amor, porque é aquilo que nos salva

- Um livro?  100 Anos de Solidão

- Um filme? Magnólia

- Uma viagem? Paris

- 2020? Aprendizagem e humildade

- 2021? Muita esperança

- Futuro? Vai ser muito bom