Um ano que termina, e outro que se inicia. A dança dos ciclos que continua.
2022 foi um ano difícil, de obstáculos constantes, de desânimo difícil de contornar, mas um ano de marcos importantes. Ora vejamos:
• Passámos a agradecer as vossas encomendas com o Cartão Obrigado de sementes de flores, que gera vida depois de semeado;
• Ajudámos a Ucrânia em guerra, revertendo uma percentagem das nossas vendas para a Cruz Vermelha e juntámos também bens de primeira necessidade entre a comunidade local para enviar para a Ucrânia;
• Abrimos portas ao nosso próprio laboratório de produção artesanal de cosmética sólida, o Slow Cosmetic Lab;
• Relançámos a nossa própria marca de cosmética sólida natural e artesanal – a Naua Natural Care, com novas fórmulas mais amigas do ambiente, com ingredientes upcycled, e com uma parceria com a Organização 1% for the Planet.
• Estivemos presentes em vários eventos junto de empresas ou outras entidades, que têm a missão de inspirar a uma vida mais sustentável, como foi o caso da PHC, ou da KCS IT ;
• Fizemos a nossa campanha do Plastic Free July, com vista a apoiar a Sea Shepherd Portugal;
• Trabalhámos em conjunto com outras tantas entidades, que presentearam os seus colaboradores e clientes com ofertas mais amigas do ambiente, promovendo hábitos ambientalmente mais conscientes, confiando no nosso trabalho e nas nossas marcas;
• Desafiámos nutricionistas que admiramos a lançarem receitas originais no nosso blog;
• Visitámos o Web Summit e percebemos que Comunidade é o conceito mais importante para o novo ano (e de sempre, não?!);
• Entrámos no mundo do TikTok e temo-nos os divertido à brava com isso;
• Abrimos portas à nossa comunidade com a nossa loja pop up, e recebemos visitas de clientes além Torres Vedras (atenção que estamos mesmo quase a fechar – até 30 de dezembro)
• Terminámos o ano com a campanha solidária de angariação de fundos para o bonito projeto da “Nuvem Vitória”, ainda a decorrer até 6 de janeiro;
Pode parecer pouco, mas, para nós que estamos deste lado, trouxe alento e sentimento de concretização e alinhamento com o nosso propósito.
Relativamente ao novo ano que se avizinha, sinto que de um modo geral o medo de 2023 se vem instalando, e que com a passagem do ano toda a gente se mentaliza que tem de apertar o cinto.
As notícias não são animadoras – é a inflação, a guerra, o COVID (sim, esse ainda mexe!). Sinto que a população global tem vindo a sofrer embate atrás de embate, e por mais resiliência que se tenha, o desgaste virá ao de cima. Este clima de medo, incerteza e angústia pode controlar-nos sem que se dê conta, até um ponto de não retorno.
Quem, como nós, tem negócio próprio, tem cada vez mais medo de arriscar, e no fundo só se quer manter à tona. Isto para quem consegue, porque durante este ano já vários pequenos negócios não aguentaram. Clientes nossos que tomaram a difícil decisão de fechar as suas portas.
Esta é a segunda crise económica que estamos a viver. Quando o Sérgio e eu decidimos criar a Pegada Verde em 2009, também se vivia sem se saber muito bem como seria o dia de amanhã, e o que é certo é que a ultrapassámos e ainda cá estamos para contar essa história.
O melhor conselho que posso deixar para todos os que estão nesta incerteza é que acreditem que vai passar. Depois de uma descida vem sempre uma subida, como costumo dizer, e aguentar os próximos 3 anos vai ser crucial, para que a seguir possamos reflorescer novamente.
Com todo este cenário pouco cor-de-rosa, a minha escolha hoje é lutar pela gratidão por podermos continuar a fazer o que gostamos de fazer, e pelo otimismo daquilo que nos reserva 2023.
Cuidar da nossa saúde física e mental, cuidar dos nossos e, aspirar a coisas boas e positivas. Resiliência e coração aberto, para as pequenas coisas que nos continuarão a deixar sorrir.
A nossa brilhante capacidade de adaptação terá de ser usada com todos os trunfos neste novo ano, e a par da cautela e o sentido de alerta necessários, vamos fazer o possível para um bom Ano Novo.
Com muitos sorrisos, um Feliz Ano de 2023 a todos vós!
Estamos juntos.
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